Um trabalho desenvolvido por alunos da Escola Estadual Professor Raimundo Silvino da Costa, em São José do Seridó-RN, mostrou que a educação vai muito além da sala de aula. Sob orientação do professor Josimar Araújo de Medeiros, o projeto reintroduziu o coité, uma planta típica da região, promovendo aprendizado, conscientização ambiental e valorização da cultura local.


O ex-aluno da escola, Josenildo Dantas, atualmente estudante de Bacharelado em Geografia, transformou essa experiência em sua monografia de conclusão de curso, com o tema: “Geografia relacionando teoria com a vida real: Um estudo de caso de reintrodução do coité em São José do Seridó”. A pesquisa foi orientada pelo professor Josimar e analisou os resultados do trabalho feito durante o biênio 2019/2020, com participação direta dos estudantes.
O que é o coité?
O coité é uma planta nativa do semiárido nordestino, conhecida por seu fruto de casca dura, tradicionalmente utilizado para fazer utensílios domésticos como cuias e cabaças. Ao longo do tempo, com as mudanças nos costumes e no uso da terra, a planta foi desaparecendo da paisagem local.
Com o projeto, alunos puderam aprender na prática sobre ecologia, preservação ambiental e identidade cultural, enquanto ajudavam a recuperar uma espécie símbolo da região.
Educação conectada com a realidade
Para o professor Josimar, projetos como este são essenciais para mostrar aos alunos que a Geografia não é apenas teoria: “Eles passaram a entender que o conteúdo que aprendem em sala tem ligação direta com o que vivem no dia a dia. Isso dá mais sentido ao aprendizado”, destacou.
Além do conteúdo científico, o projeto também promoveu um sentimento de pertencimento e responsabilidade ambiental nos estudantes, despertando neles o interesse por sua própria história e território.
Parceria que transforma
A parceria entre o professor, a escola e os alunos mostra como a educação pública, quando bem direcionada, pode transformar realidades e deixar um legado duradouro. Ao reintroduzir o coité, os estudantes não só contribuíram com o meio ambiente, mas também reforçaram a importância de preservar o que é da terra, da memória e da cultura local.
Esse projeto é um exemplo inspirador de como a escola pode ser um espaço de mudança, envolvimento e esperança — onde se aprende com as raízes para construir um futuro mais consciente e sustentável.