Setores do PT ligados à governadora Fátima Bezerra já trabalham com um Plano B para 2026 caso o vice-governador Walter Alves (MDB) decida não assumir o comando do Estado no próximo ano. Nesse cenário, Fátima permaneceria no cargo até o fim do mandato, reorganizando o tabuleiro sucessório e abrindo espaço para que o partido indique um nome competitivo para a eleição ao Senado. Entre os quadros cotados, a deputada federal Natália Bonavides desponta como preferência de setores do partido, que avaliam que sua votação expressiva em Natal em 2024 e sua capilaridade no campo progressista a colocam como nome natural para a disputa majoritária.
A movimentação reflete preocupações internas do PT com a incerteza sobre o movimento de Walter, que ainda não sinalizou de forma conclusiva se assumirá o governo em 2026. O partido avalia que, caso ele abra mão, precisa ter um reposicionamento imediato para não perder protagonismo na formação da chapa majoritária do próximo ano. Com a permanência de Fátima, o PT manteria controle direto sobre a administração estadual e evitaria abrir espaço excessivo para aliados, preservando margem para conduzir sua própria estratégia eleitoral.
Natália fala em reeleição, e Fátima e Walter mantêm diálogo sem sinais de ruptura
Apesar da especulação sobre o Plano B petista, a própria Natália Bonavides tem afirmado publicamente que seu projeto para 2026 é a reeleição para a Câmara Federal, e não uma candidatura ao Senado.
Do lado institucional, também não há sinais de rompimento entre Walter Alves e Fátima Bezerra. O vice-governador tem demonstrado preocupação com a viabilidade administrativa caso assuma o governo em 2026, especialmente diante do cenário fiscal apertado. Ele busca garantias de recursos para investimentos, motivo pelo qual esteve em Brasília conversando com líderes do MDB nacional e deve retomar o diálogo com a governadora nos próximos dias. Até aqui, o ambiente é de conversa e cautela — não de ruptura. Ainda assim, o PT considera prudente ter um Plano B pronto caso Walter opte por não assumir o comando do Estado no próximo ano.
FONTE: opotiguar.com.br