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Allyson Bezerra de 2026 pode repetir o Carlos Eduardo de 2024?

A liderança de Allyson Bezerra nas pesquisas para o governo do Rio Grande do Norte em 2026 reacende um alerta conhecido na política potiguar: o risco de ser engolido pela polarização nacional — como aconteceu com Carlos Eduardo Alves em 2024.

Naquela eleição, Carlos Eduardo iniciou a campanha à prefeitura de Natal como franco favorito. Com alto índice de conhecimento, recall de gestões anteriores e apoio de setores do lulismo local, parecia ter o caminho pavimentado para o retorno ao poder. Mas o que parecia uma eleição previsível se transformou. A disputa foi capturada pela lógica da polarização nacional entre lulismo e bolsonarismo, e Carlos Eduardo ficou no meio do caminho. Sem conseguir se firmar como nome de um dos polos, acabou esvaziado. E perdeu.

Agora, Allyson Bezerra aparece em posição semelhante. Prefeito reeleito de Mossoró com votação expressiva, lidera as intenções de voto para o governo estadual em diversos cenários. Mas seu avanço ocorre num ambiente cada vez mais dominado pela disputa entre esquerda e direita — o mesmo fator que desestabilizou Carlos Eduardo.

Se a campanha de 2026 seguir a tendência de nacionalização do debate, Allyson terá que decidir se mantém o discurso de independência ou se alinha mais claramente a um dos blocos. Nenhuma opção é confortável: a neutralidade pode virar fraqueza quando o eleitor estiver escolhendo “um lado”; já um alinhamento pode afastar parte de sua base diversa.

A lição de 2024 está dada. No RN, favoritismo não basta quando o eleitorado está dividido por forças nacionais. Se quiser chegar ao segundo turno — e vencer —, Allyson vai precisar mais do que números bons nas pesquisas. Vai precisar de estratégia. E de fôlego para atravessar uma campanha em que o jogo pode virar — como virou para Carlos Eduardo.

FONTE: opotiguar.com.br

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