O diretor do Instituto de Gestão das Águas do RN (IGARN), José Procópio de Lucena, rebateu de forma contundente as declarações do senador Rogério Marinho, que tentou atribuir exclusivamente ao governo Bolsonaro a execução de obras estruturantes de segurança hídrica no Rio Grande do Norte.
Em entrevista ao Panorama 95 (na 95,9 FM) desta semana em Caicó, Marinho afirmou que intervenções como a Barragem de Oiticica, Passagem das Traíras, Canal do Apodi, Complexo Hidrossocial, Adutora do Agreste e o acesso do Rio São Francisco teriam sido “todas realizadas pela gestão federal anterior”.
A realidade — sustentada por dados, documentos e execução concreta — é oposta ao discurso do senador. “Não é verdade. O que houve foram obras tomadas do governo estadual, atrasadas e devolvidas para que o governo Fátima concluísse”, afirmou Procópio.
O Rio Grande do Norte vive hoje o maior ciclo de investimentos em segurança hídrica das últimas décadas. São R$ 1,3 bilhão aplicados em obras, projetos e ações que garantem água às pessoas e às atividades produtivas. Nada disso surgiu por obra de retórica eleitoral. É resultado de planejamento, continuidade administrativa e decisões políticas dos governos Lula e Fátima Bezerra — não do improviso que o senador tenta vender.
Marinho tenta carimbar no governo Bolsonaro duas obras emblemáticas. Os fatos desmontam a propaganda: a Barragem de Oiticica (Jucurutu) foi o governo Fátima que garantiu moradia digna em Nova Barra de Santana, criou agrovilas, conduziu negociações com as famílias de Carnaúba Torta e deu dimensão social à obra.
“A barragem só foi possível porque o governo tratou as famílias com respeito. Não houve despejo. Houve negociação, mediação e solução. Isso é responsabilidade pública.”, afirma o diretor do IGARN. Enquanto isso, durante a gestão Bolsonaro, a pressa era para fechar a barragem sem resolver a situação humana mais básica.