Relator da CPMI do INSS, o deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL) disse à CNN ter desistido de visitar Jair Bolsonaro (PL), em prisão domiciliar, no próximo dia 29 para blindar o seu trabalho na comissão e evita ilações.
A ida à residência do ex-presidente foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta-feira (23).
O parlamentar disse ter desistido do encontro com Bolsonaro para preservar a isenção de seu trabalho como relator da CPMI do INSS, que apura os descontos irregulares de aposentados e pensionistas.
A comissão é uma das apostas da oposição para desgastar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Infelizmente, enquanto estiver na relatoria não poderei ir, mas o presidente Bolsonaro tem minha solidariedade e respeito. Estou buscando fazer uma investigação séria e com resultados”, afirmou à CNN.
Gaspar explicou que havia solicitado autorização para a visita a Bolsonaro antes de assumir a relatoria. Segundo ele, o ex-presidente gostaria de conversar sobre a disputa eleitoral em Alagoas.
“O presidente queria dialogar comigo sobre o cenário de Alagoas. Nesse meio tempo, virei relator”, afirmou.
A desistência da visita foi comunicada pelo deputado ao ministro Alexandre de Moraes nesta quinta-feira (23).
“Como é público, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS foi instalada em 20 de agosto de 2025, ocasião em que fui designado pelo senador Carlos Viana, presidente da CPMI, para a honrosa função de relator. Sendo assim, e visando evitar qualquer questionamento ou ilação quanto à minha atuação na CPMI do INSS, informo que, concluídos os trabalhos da comissão, solicitarei novamente, por intermédio do advogado de defesa do senhor Jair Messias Bolsonaro, o agendamento da visita”, diz o documento.