A senadora Zenaide Maia (PSD-RN), pré-candidata à reeleição, admitiu nesta segunda-feira (14) a possibilidade de reeditar, nas eleições de 2026, uma aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT), semelhante à que a elegeu em 2018. A declaração foi dada durante entrevista à rádio Mix.

A reaproximação abriria espaço para uma possível dobradinha entre Zenaide e a governadora Fátima Bezerra (PT), que também já manifestou publicamente o desejo de disputar uma vaga no Senado no próximo pleito. “Está em estudo”, afirmou a senadora.
Questionada sobre as recentes divergências com o PT, especialmente após as eleições municipais de 2024, Zenaide minimizou os desentendimentos e classificou o episódio como “pontual”. No último pleito, o marido da senadora, Jaime Calado (PSD), foi eleito prefeito de São Gonçalo do Amarante, em uma disputa contra o então prefeito Eraldo Paiva (PT), que buscava a reeleição.
“Não nos afastamos. Aquilo foi uma coisa pontual, acontece em todo lugar, seja com o PT, com o PL. Estamos construindo essa aliança”, destacou Zenaide, que também preside o PSD no Rio Grande do Norte.
Segundo a senadora, a formalização da chapa depende da escolha do nome que contará com seu apoio para o Governo do Estado. Ela afirmou manter diálogo com lideranças de diferentes partidos, citando o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), como uma das opções viáveis para a disputa. Já o PT já tem um pré-candidato anunciado: o atual secretário estadual de Fazenda, Cadu Xavier.
Apesar das articulações em andamento, Zenaide fez questão de elogiar a atuação da governadora Fátima Bezerra, reforçando a boa relação entre as duas. “Fátima tem uma dedicação ao nosso estado. Reconheço que ela melhorou a segurança pública, o que é um desafio imenso, porque essa área está ligada à educação de qualidade e a muitas outras políticas públicas”, pontuou.
A senadora também relembrou as dificuldades enfrentadas pela atual gestão estadual no início do mandato. “É preciso reconhecer: Fátima recebeu o governo com quatro folhas de pagamento atrasadas. Colocar os salários em dia não foi uma tarefa fácil para ninguém”, afirmou.
