POR JOSIMAR MEDEIROS

Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas (2021-2030), é um apelo para a proteção e revitalização dos ecossistemas em todo o mundo, para o benefício das pessoas e da natureza (https://www.decadeonrestoration.org/…/sobre-decada-da-onu).

Temos desenvolvido estudos com o uso da faveleira, espécie endêmica da Caatinga, na Restauração Ecológica-RE de áreas de criação de gado no Seridó/RN, desde o ano de 1999. Essa região natural, para Duque (1980), é muito erodida e exibe uma das coberturas vegetais mais raquíticas do semiárido brasileiro.

Numa das pesquisas do Doutorado, testamos o uso do vegetal em Áreas Desertificadas, cuja principal característica é a presença de clareiras florestais, sem que tenham sido registados desmatamentos e que, em plena estação chuvosa, o solo permanece sem cobertura vegetal. Temos constatado na área que reflorestamos em 2015, a fixação da favela e a colonização do local por plantas herbáceas e pela jurema preta, espécies da comunidade vegetal do entorno. Utilizando como base a definição de RE, da Sociedade Internacional para a Restauração Ecológica, para a qual “Um objetivo comum para a restauração de qualquer ecossistema é recuperar os processos autogênicos (que se produz sem a participação de agentes externos), ao ponto em que a assistência do restaurador não seja mais necessária”, as evidências de um processo de restauração ecológica em curso são muito robustas. (as imagens, retratam o cenário da área em 2014 e o processo de restauração ecológica em curso, após o plantio da faveleira em 2015).

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