A decisão de Nicolás Maduro de promulgar uma lei que anexa a região de Essequibo, território da Guiana, à Venezuela acendeu o sinal amarelo no Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores brasileiro.

Diplomatas com décadas de serviço na América Latina dizem que o ditador está “forçando a barra, de olho nas eleições em julho”. O governo brasileiro ainda não se posicionou oficialmente.

As bases militares brasileiras, em Roraima e no Pará, entraram em alerta. Cerca de 5 mil homens já estão na região, com blindados e suporte aéreo. Se necessário, o Ministério da Defesa reforçará o efetivo.

Essequibo está sob o controle da Guiana desde o século XIX. O território está localizado entre o Brasil e a Venezuela. O único acesso por terra é a partir de Roraima. Cerca de 141 mil brasileiros vivem nos 790 km de fronteira entre Brasil e Guiana.

A Guiana disse que a decisão de Maduro é uma violação flagrante dos princípios do direito internacional.

A área é rica em petróleo, ouro, urânio e representa cerca de 70% do território guianense. A tensão começou no final do ano passado depois de um referendo em que Maduro anunciou a intenção de anexar Essequibo.

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