O empresário Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, alvo de investigações da Polícia Federal por envolvimento em um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), realizou uma doação simbólica de R$ 1 à campanha de Jair Bolsonaro (PL) à presidência da República em 2022. A informação consta no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi revelada pelo colunista Caio Junqueira, da CNN Brasil.

Apontado pela PF como um dos principais articuladores do esquema fraudulento, Antunes foi alvo de mandados de busca e apreensão durante a Operação Sem Desconto. De acordo com o relatório da corporação, ele figura como sócio de pelo menos 22 empresas, muitas delas utilizadas para viabilizar as irregularidades.

As investigações indicam que essas empresas atuavam como intermediárias financeiras entre entidades associativas e servidores públicos, recebendo recursos dessas entidades e repassando parte dos valores a integrantes do INSS. Um banco notificou a PF após identificar que Antunes movimentou R$ 4,2 milhões em apenas dois meses, o que contribuiu para reforçar as suspeitas.

A Polícia Federal também identificou repasses de valores a pessoas ligadas ao alto escalão do INSS, incluindo a esposa de Virgílio Antonio Ribeiro de Oliveira, ex-procurador-geral do instituto; Alexandre Guimarães, ex-diretor de Governança; e o escritório do filho de André Fidelis, ex-diretor do órgão.

Antunes ainda aparece como procurador de diversas entidades que realizavam cobranças associativas não autorizadas a aposentados e pensionistas. Segundo a PF, várias das empresas ligadas ao empresário foram criadas em datas próximas aos repasses financeiros sob investigação.

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