Se colocar literalmente no lugar do outro, e entender na prática as dificuldades de quem tem algum tipo de deficiência. Foi o convite feito às pessoas que passaram hoje pelo centro de Natal. Kaliane Nascimento, de 17 anos, colocou uma venda nos olhos, e com a ajuda de uma bengala, andou poucos metros pelas ruas. Em pouco tempo e espaço, percebeu o desafio: “Foi uma experiência assustadora, saber o que podia encontrar pela frente ou esbarrar em alguma coisa”, disse a jovem.

Essa é a rotina de quem tem deficiência física ou mobilidade reduzida e precisa andar nas ruas da capital. Os obstáculos estão por toda a parte. “Aos poucos vamos ganhando espaço, mas ainda há muita dificuldade. Você vê as calçadas no centro, em muitos pontos são desniveladas. Um cadeirante, deficiente visual ou até mesmo um idoso pode cair a qualquer momento”, relata Rildene Fonseca, assessora parlamentar e cadeirante desde criança.

Fazer com que as pessoas entendessem e sentissem as dificuldades das pessoas com deficiência era o objetivo da ação “Sentindo na pele para quebrar barreiras”, realizada pelo gabinete do vereador Tércio Tinoco, dentro do Setembro Verde, mês de luta pela inclusão e direitos das pessoas com deficiência. “Queremos levar a população inteira a refletir sobre a importância de todo mundo lutar por acessibilidade em todos os espaços. Todos queremos envelhecer, todos estamos sujeitos a ter alguma deficiência. E essa deficiência não pode jamais nos limitar no ir e ver. As cidades precisam estar preparadas para todos”, diz o vereador Tércio.

Revista BZN

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